11 de Setembro de 2001: onde estávamos?

Walace Ávila

Ano após ano, a data 11 de setembro de 2001 é lembrada com peso amargo. Ela ficou cravada na história norte-americana. Na manhã de terça-feira, às 08h46, o primeiro de quatro aviões sequestrados por terroristas da Al- Qaeda colidiu contra a Torre Norte do World Trade Center, em Nova York, dando início a um ataque terrorista. Na contagem oficial, 2.977 pessoas morreram pelas mãos de 19 sequestradores. Muitos foram pegos de surpresa pelos noticiários.

Em 2019, completam-se 18 anos do atentado. Fatos como este, que marcam a história da humanidade de maneira geral, são fáceis de serem lembrados. Presentes em matérias jornalísticas especiais, aulas pedagógicas, documentários e filmes, a história é relembrada e perpetuada em nossas memórias. Mas, e quando tentamos lembrar o que estávamos fazendo quando isso aconteceu? Será que você consegue se recordar onde estava e o que fazia no dia 11 de setembro de 2001?

Você podia ser pequeno na época e não lembrar quase nada, como a Lisa. Em 2001, ela tinha apenas três anos e morava com seus pais em Boston, Massachussetts. Sua mãe Rose Correa, de 56 anos, se recorda bem. Na época, Rose deixou Eric – seu filho mais velho – na escola, e estava ao encontro da babá para deixar Lisa. Ao chegar ao trabalho, ligou o noticiário e viu o vídeo do primeiro avião colidido na torre. “De repente, veio o segundo avião, mas agora todo mundo já estava em pânico e eles (noticiários) falavam que os dois aviões estavam vindo de Boston”, frisa. A mãe, desesperada e temendo pela vida dos filhos, ressalta como “todo mundo estava em pânico pois nem a mídia sabia o que estava acontecendo”.

Um ano mais velha que Lisa, Bruna Stencel, com apenas quatro anos em 2001, se recorda muito bem do que aconteceu e como ela estava no dia, pois reside exatamente na cidade do acontecido, Nova York: “Lembro que no dia eu estava me arrumando para ir para a aula logo de manhã, porém, ao ligar a TV, entramos em choque. Foi avisado a todos para que ficassem em suas casas”. Bruna ressalta que o desespero das pessoas – jamais visto da mesma maneira por ela – foi o que mais a marcou. Sempre quando chega a data, ela chora por relembrar as tristes emoções.

Infelizmente, ocorridos trágicos na história marcam mais do que outros acontecimentos. Relembrar o lugar onde estávamos e como enfrentamos tais ocorridos é um pequeno exercício de viagem no tempo que nos insere novamente no contexto de tristes lembranças, mas que podem nos ajudar a vislumbrar um futuro de possíveis esperanças. Como disse Edmund Burke, “as pessoas não serão capazes de olhar para a posteridade, se não tiverem em consideração a experiência dos seus antepassados”.

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