Acordos assinados entre Brasil e Estados Unidos visam facilitar transações comerciais entre países

In Economia, Política

As novas propostas têm o objetivo de derrubar barreiras não-tarifárias e extinção de procedimentos burocráticos em trocas comerciais 

Raiane Lívia

Na última segunda-feira (19), os governos do Brasil e Estados Unidos da América (EUA) fecharam 3 novos acordos comerciais inéditos. O fato aconteceu às vésperas das eleições americanas. Segundo os termos que constam no acordo entre o Itamaraty (Ministério da Economia do Brasil) e o Representante comercial dos EUA, esses novos pactos irão derrubar algumas barreiras não-tarifárias no comércio entre os dois países. 

 Os três protocolos pretendem agilizar processos envolvidos nas trocas comerciais e contam com o apoio do setor privado, principalmente por parte indústria, sendo um dos que mais esperam conseguir vantagens com esse pacto. Segundo a Organização Mundial do Comércio, essa facilitação comercial pode reduzir em até 13% os custos de exportação para produtores, assim como a adesão das boas práticas regulatórias pode cortar em 20% as despesas para exportadores. 

 

Simplificação nas transações

As facilidades propostas dentro da medida assinada pelos dois Executivos são a simplificação ou extinção de procedimentos burocráticos (referentes à questão de documentação, código de barras, embalagem, transporte, frete, regras sanitárias e fitossanitárias etc.), boas práticas regulatórias e adoção de medidas anticorrupção. O Bacharel em Relações Internacionais e pesquisador da Revista Relações Exteriores Davi Barros, explica no que essas mudanças podem ajudar essas trocas comerciais. “É importante destacar que esse acordo é mais enxuto e não atende todas as expectativas que os setores empresariais queriam, mas é algo mais possível dentro do cenário político que temos hoje. Atualmente nós temos dois presidentes que têm uma relação mais próxima, conversando de forma harmoniosa e isso, teoricamente, facilita esse acordo entre os Executivos”, argumenta.

Em meio a um período conturbado para a economia brasileira por causa da pandemia causada pelo novo Coronavírus, a notícia desses contratos dão novos ânimos aos setores econômicos do país. Para os empresários, isso significa um aumento no fluxo de negócios entre os dois países. Porém, o economista Júlio Nascimento considera pensar nessa decisão assinada pelos dois governo de maneira ponderada, considerando os impactos sociais no cenário atual. “Por causa da pandemia As relações comerciais em âmbito nacional foram alteradas e os fluxos internacionais se reduziram por causa da demanda e realocação dessa demanda em âmbito internacional. Ou seja, no momento, há uma preferência pela comercialização de bens mais necessários, como alimentos, por exemplo. Isso porque a as atividades estão paralisadas e parte da população está desempregada,” explica.

 

Otimismo para a economia

O economista ainda sinaliza a possibilidade de um otimismo para a classe empresarial, de forma mais consciente. Levando em consideração que os cenários sempre mudam, por isso é necessário estar atento a cada nova mudança social. “Ainda podemos, sim encontrar um otimismo, por um lado, porque naturalmente os fluxos vão se alterando e vão melhorar a performance, provavelmente, nos próximos anos se não houver nenhuma fase mais inflexível da quarentena. É normal que essa retomada aconteça de forma mais lenta, pois isso depende de fatores que não são incontroláveis. Assim como também é necessário a adoção de boas políticas econômicas por parte desses países para que as mudanças ocorram”, declara.

O desejo por parte do governo brasileiro é de que essa conversa seja concluída antes das eleições americanas. Agora, após terem sido assinados, os protocolos seguem para tramitação no Congresso.

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