Campinas tem a sexta refeição mais cara do Brasil

Emanuely Miranda e Thaís Alencar

Pesquisa da Datafolha avaliou 112 estabelecimentos da cidade

De acordo com uma pesquisa da Datafolha, ecomendada pela Associação das Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), Campinas tem a sexta refeição mais cara do Brasil. A média nacional do valor nos estabelecimentos do ramo ficou em R$32,94, enquanto a cidade registrou R$36.

O vendedor Samuel sentiu o peso do valor no bolso pois costuma frequentar restaurantes aos finais de semana e, nos outros dias, encomenda marmitas. “No final do mês, as minhas despesas com alimentação custam R$450”, revela. Do seu ponto de vista como consumidor, acredita que as refeições são caras em virtude do preço da matéria-prima que, por sua vez, sempre sofre reajustes. Ele notou que as comidas ficaram mais caras a partir do segundo semestre do ano passado.

O economista Marcelo Corrêa explica que o gênero alimentício se correlaciona com uma série de outros fatores. “Depende de clima, produtos agrícolas cotados em dólar, transporte, entre outros”, cita as interferências. A soma desses elementos resulta no preço das refeições consumidas por Samuel e outros campineiros.

Para conter os gastos, o vendedor troca de restaurante assim que percebe um acréscimo no preço. Por causa da sua rotina de trabalho, fica difícil cozinhar em casa e, portanto, o dinheiro que normalmente gastaria com outros dispêndios se destina apenas à alimentação.

As refeições avaliadas em Campinas são compostas por um prato principal, bebida, sobremesa e café. As avaliações se concentraram em 112 instalações como restaurantes, bares, lanchonetes e padarias.

Cristina Róseo, gerente de uma rede de restaurantes na cidade, afirma que os reajustes em alguns pratos e possibilidades pontuaram um aumento entre 5% e 10%. Para ele, a relação de custo e benefício fez toda diferença. “Atendemos um público ávido por qualidade e serviços diferenciados. Nossos clientes estão dispostos a pagar por qualidade”, declara. A manutenção do padrão preconizado pela rede fidelizou os clientes e os manteve estáveis mesmo diante da crise.

Link da imagem: https://goo.gl/KNNmPE

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