De amigos na infância a apaixonados

In Cultura, Geral

Conheça a história de casais que se conheceram desde pequenos.

Cristina Levano

Richard e Giuliany, são dois jovens de 18 e 17 anos de idade, e se conhecem desde sempre. As mães deles estudaram juntas no internato e lá é onde elas criaram uma  amizade que se estendeu aos filhos.

“Nós éramos amigos. Às vezes minha mãe me levava pra casa dela e a gente brincava assim, mas tudo enquanto bebês, o começo foi assim,” relata Richard. Mas, quando Giuliany tinha cinco anos de idade, devido ao trabalho do pai, deixou São Paulo e se mudou para outra cidade, desta forma a dupla acabou se afastando por muito tempo. 

Reencontro

Em 2019 Giuliany foi para estudar no Internato Adventista de Ensino de Santa Catarina, esse mesmo ano, Richard foi com o coral UNASP-São Paulo para uma apresentação no Instituto. Foi neste momento que a mãe de Richard conheceu o Internato da escola, e sabendo que a filha de sua amiga estudava lá, o incentivou a estudar no mesmo. Assim, em 2020, os jovens amigos começaram a estudar juntos, na mesma sala.

É claro que o tempo mudou algumas coisas. Giuliany lembra que nesse período  eles não tinham um vínculo de amizade como antes. A jovem relata: “A gente sempre se encontrava, mas passamos por aquele negócio de “a gente se conhece mas não se fala”. Acho que era por vergonha, além de que não tínhamos do que falar, éramos só conhecidos mesmo, pelas mães serem amigas”. 

Poderia ter continuado desse jeito se não fosse por um dia que Richard criou coragem para conversar com sua “amiga da infância”. Desta forma, os dois voltaram a conversar e viraram amigos novamente, e pouco a pouco Richard  começou a gostar de sua amiga. “Quando ele chegou no colégio eu comecei a gostar dele um pouquinho, porque ele era bonitinho e tal. A minha mãe ficava na minha orelha falando dele e quando a gente decidiu conversar, comecei a desenvolver um sentimento real por ele”, narra Giuliany.

O pedido e o começo do namoro

“Eu tinha planejado tudo na minha cabeça” disse Richard sobre como iria fazer o pedido de namoro.  Ele, com ajuda da colega de quarto de Giuliany, preparou tudo para esse momento especial. Infelizmente, quando ele ia fazer o pedido, acabou ficando doente, e como foi durante a pandemia, Richard foi isolado dentro do seu quarto. Quando foi liberado, no dia 17  de agosto, o jovem fez o pedido.

“Eu estava nervoso, e a amiga dela a levou para eu chegar com a caixa que tinha preparado, com presentes, camisa, chocolate, chaveiro e um monte de cartas também. Foi bem simples mesmo, mas na hora que ela olhou, se surpreendeu, e aceitou,” conta Richard.

Giuliany  disse antes de namorar oficialmente, foi um pouquinho estranho. “Como a gente se conhece praticamente desde sempre, era estranho parar pra pensar ‘nossa, estou começando a gostar de uma pessoa que está na minha vida desde sempre'”.  

Já quando iniciaram o relacionamento, o processo de passar de amigos a namorados foi natural pois como tinham começado a conversar com intenção de amizade. “Os meus pais ficaram muito felizes porque nós dois somos filhos únicos, e tratam o Richard como se fosse um filho que eles não tiveram. Ele já conhece a família, então o meu pai e a minha mãe, principalmente, ficaram bem tranquilos” explica a jovem. 

Namoro a distância

Atualmente Giuliany estuda no Instituto Adventista Paranaense, e Richard mora em São Paulo. Estando a distância, a base do relacionamento está na conversa, algo que eles já se acostumaram fazer desde antes. “Às vezes é um pouco complicado porque ele tem coisas pra fazer lá, e eu tenho coisas da faculdade pra fazer aqui. Mas sempre que é possível a gente tenta conversar,” disse Giuliany. 

O casal acredita que ter começado a namorar no internato, sem o contato físico, talvez esteja ajudando bastante a se adaptar com a distância. “A gente sente saudade, mas como começamos a base da conversa é mais fácil saber lidar com a distância.” afirma o casal.

Outra história de amor

Foi quando a família de Hevelyn se mudou para Belo Horizonte que ela conheceu o Lucas. O casal estudava na mesma escola no ensino fundamental, estavam na mesma sala, frequentavam a mesma igreja e até o mesmo clube de desbravadores.

Tempos depois, quando Hevelyn tinha 13 anos, ela começou a gostar dele, mas ele não sentia o mesmo. “Teve aquele choque, porque eu o amava mas não era correspondida. Aí eu sofria, chorava, era horroroso. Mas o tempo foi passando, e pouco a pouco começamos a nos aproximar mais de verdade,” disse Hevelyn. 

Em 2001, como já eram mais próximos, eles ficaram juntos, mas não namoraram de forma oficial até os quinze anos dela, quando Lucas foi pro colégio interno e ela ficou em Belo Horizonte. “Quando eu fiz dezenove anos eu me converti, mudei bastante e decidi ir pro UNASP  para fazer teologia. Aí ela queria voltar comigo, mas eu não queria no começo”, conta o pastor.

O casal decidiu namorar oficialmente e por conta dos estudos, tiveram que permanecer 7 anos a distância, mas como já se conheciam antes, conseguiram lidar com a separação. “A gente se falava muito por carta e por orelhão, a gente tem essas cartas todas guardadas ainda. A gente também tem os cartões que ele usava quando me ligava”, explica Hevelyn. Depois disso, se casaram e estão juntos há 10 anos. 

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