“Eu vejo como uma possibilidade grande”, diz relatora da CPMI das Fake News sobre depoimento de Sérgio Moro

Lídice da Matta (PSB-BA) afirma que o comparecimento do ex-ministro da Justiça será votado assim que a comissão retomar suas atividades

Gabriel Buss (Redação PolitiBuzz)

Após a saída de Sérgio Moro do ministério da Justiça e Segurança Pública, parlamentares têm se movimentado para convocar o ex-ministro para prestar depoimento na CPI das Fake News, que investiga o uso de mensagens falsas durante as eleições de 2018. Além disso, a comissão analisa o disparo de mensagens com conteúdos falsos nas redes sociais, feitas principalmente contra parlamentares e instituições. Questionada pelo PolitiBuzz, a relatora da CPMI, deputada federal Lídice da Mata (PSB-BA), vê como grande a possibilidade da convocação de Moro. “Assim que o trabalho retomar, vamos colocar em votação”, afirma. Desde o início da pandemia do novo coronavírus, todas as comissões do Congresso estão suspensas.

Deputados ligados ao presidente Jair Bolsonaro tentam acabar com a existência da comissão. Recentemente, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) a fim de barrar a prorrogação da CPMI. A ação foi negada. Nesta semana, oito deputados do PSL ligados ao presidente entraram com um pedido de substituição do presidente da comissão – o senador Ângelo Coronel (PSD-BA) – e da relatora. Ao ser questionada sobre as ações, Lídice demonstrou ficar impressionada com “tanto interesse em fazer parar a investigação de um assunto que é tão nefasto à vida na sociedade”.

Além disso, a deputada também foi questionada sobre a possibilidade de a comissão ficar enfraquecida e não convocar o ex-ministro Sérgio Moro devido à aproximação do presidente Jair Bolsonaro com o “centrão”.  Ela espera que o bloco informal não tente impedir os trabalhos da comissão, já que “muitos parlamentares dessas siglas” votaram pela prorrogação da CPMI. Além disso, ela lembra que a sociedade pode saber como esses parlamentares vão se posicionar, porque o voto é aberto. “É um voto público, então os parlamentares vão responder aos seus eleitores e à opinião pública por cada votação que fizerem ali na casa”, pondera.

 

Sair da versão mobile