Movimento anti-vacina tem apoio no Brasil

O movimento estimula a não vacinação de crianças e vem ganha cada vez mais vozes no país

Juliano Santos

O movimento iniciado no Estados Unidos incentiva pais a não vacinarem suas crianças.  A iniciativa ganha adeptos em diversos lugares do mundo e até mesmo no Brasil. As principais motivações desse movimento são as causas prejudiciais que a vacina pode causar no corpo, como possíveis efeitos colaterais. O excesso dela e ainda a pressão da indústria farmacêutica são outros fatores que desestimulam o ato de tomar vacina. Segundo uma pesquisa realizada pelo ministério da Saúde, foi detectado que a média da vacinação no país era de 81,4%. Na classe A, essa média cai para 76,3%. Para os pesquisadores, essa queda ocorre, pois alguns pais não vacinam seus filhos.

Recentemente, a Secretária de Vigilância em Saúde fez um comunicado se posicionando contra o movimento anti-vacina. Segundo eles, o Brasil tem uma das melhores coberturas vacinais e, infelizmente, grupos contrários à vacinação disseminam informações nas redes sociais de forma errônea sem nenhum fundamento cientifico. Essa atitude prejudica os trabalhos feitos pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Às vezes, por falta de informação, muitas pessoas decidem optar por não vacinar. Segundo o pediatra Pedro Correa, as vacinas não prejudicam. Muito pelo contrário, seus efeitos são apenas benéficos.  “A vacina é a própria bactéria do vírus. Isso pode assustar, mas traz benefícios, pois ela é aplicada em pequena quantidade na pessoa. A vacina pode ser atenuada, ou seja, o vírus se encontra vivo sem causar a doença. Há também a inativada, na qual o vírus se encontra morto por agentes químicos”, explica. Com a prevenção, o corpo cria anticorpos para se defender quando a doença vier. Caso haja efeitos colaterais, como febre, o paciente não precisa se assustar pois faz parte das reações normais do organismo.

Maria Eunice dos Santos, mãe de dois filhos, tem um pouco de receio das vacinas pois acredita que as suas crianças podem ser prejudicadas de alguma forma. “Não gosto de vacinar meus filhos porque ouço muito falar dos efeitos colaterais da vacina. Apesar disso, não temos escolha em algumas situações”, admite. Ela relembra que seus filhos foram vacinados logo ao nascer antes de sair do hospital. “Ninguém pergunta se você quer vacinar seu filho. Também temos a carteirinha de vacinação que é considerada um documento e deve sempre estar em dia”, reclama.

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, a cobertura vacinal no Brasil nos últimos dez anos alcançou em média 95% para a maioria das vacinas do calendário nacional em campanhas realizadas. Muitas já ajudaram a eliminar doenças do País, como varíola, sarampo, rubéola e pólio. De acordo com o Ministério,  a vacinação é uma forma segura de prevenir doenças.

Link da imagem: https://goo.gl/Y8JFg6

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