Novembro Azul contribui para prevenção e melhor entendimento sobre o câncer de próstata

Sara Rabite

O mês de novembro vem sendo dedicado à conscientização dos homens a respeito do câncer de próstata, assim como o cuidado com a saúde em geral. O câncer de próstata é o sexto tipo mais comum no mundo e o de maior incidência nos homens. As taxas da manifestação da doença são cerca de seis vezes maiores nos países desenvolvidos. Em entrevista à ABJ Notícias,  Roberta França, médica geriátrica, membro da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e também da Sociedade Brasileira de Neuropsiquiatria Geriátrica, contas um pouco sobre a prevenção, tratamento e medidas a serem tomadas para combater os preconceitos e medos relacionados à doença.

ABJ: O câncer de próstata é mais comum em qual faixa etária?

Roberta: A idade é um fator de risco significativo para o câncer de próstata, já que a incidência e a mortalidade aumentam após os 50 anos. Quando há caso da doença em pai ou irmão antes dos 60 anos, o risco de desenvolvê-la também é de 3 a 10 vezes em comparação com a população em geral.

ABJ: Quais são os sintomas do câncer de próstata?

Roberta: A doença pode não apresentar (ou apresentar poucos) sintomas em sua fase inicial. Em alguns casos, os sinais são parecidos com os do crescimento benigno da próstata (dificuldade de urinar, necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite). Na fase mais avançada, o paciente pode ter dores nos ossos, sintomas urinários ou, nos casos mais graves, infecção generalizada ou insuficiência renal.

ABJ: Há medidas preventivas que podem ser realizadas? Há algum alimento que ajuda a prevenir a doença? Ou algum alimento que se deve evitar?

Roberta: Está comprovado também que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, com menos gordura, reduz o risco de câncer e de outras doenças não-transmissíveis. Recomenda-se também realizar pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar.

ABJ: Quais medidas podem ser tomadas para combater preconceitos e medos do toque retal?

Roberta: Preconceito se combate com entendimento, campanhas e conhecimento. Quanto mais eu compreendo o processo da doença, mais fácil eu entendo o que preciso fazer para prevenir. Um toque retal em nada afeta a masculinidade. Pelo contrário, fará de você um homem saudável e com vida plena inclusive sexual.

*Foto: https://goo.gl/RPF8ps

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