Finados aquece mercado de flores em São Paulo

In Economia, Geral

A expectativa para venda de flores durante o período do Dia de Finados é de aumento de 10% em relação ao ano passado.

Gabrielle Ramos Venceslau 

Durante o feriado de finados as flores servem como demonstração de apreço e amor à lembrança de entes queridos. É por esse motivo, que nesta data o mercado das flores fica mais movimentado.  Neste ano, a expectativa da Cooperativa Veiling Holambra, um dos centros comerciais e logísticos de flores e plantas mais importantes da América Latina, é de um crescimento de aproximadamente 10% das vendas dos produtos em relação ao ano passado.

Durante a pandemia, esse setor sofreu bastante com a venda no período deste feriado. Como os cemitérios foram fechados para a visitação pública em diversos lugares, a comercialização sofreu uma regressão de 15% em 2020, em relação ao ano pré-pandemia (2019), segundo dados da cooperativa. 

Já em 2021, o segmento voltou à normalidade, pois as vendas de flores e plantas cresceram 15% no país, de acordo com a Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura). O faturamento foi de R$10,9 bilhões no ano passado, evidenciando  o panorama de melhoria nos indicadores de venda e preço médio das flores e plantas para este ano. 

O mercado de flores no país e em São Paulo

Segundo dados do IBGE de 2021, no Brasil são cultivadas mais de 2,5 mil espécies de flores e plantas por cerca de 8 mil produtores. Dessa forma, o setor emprega aproximadamente 209 mil pessoas, é o que diz o Sindiflores (Sindicato do Comércio Varejista de Flores e Plantas Ornamentais do Estado de São Paulo). 

O instituto também afirma que São Paulo é o estado onde mais se produz para este mercado e também é o maior consumidor. Os três segmentos com maior faturamento no mercado foram os de: decoração, pois venderam cerca 30% do total; autosserviço, aproximadamente 21% e paisagismo, com 20%.

Flores mais vendidas

Segundo dados da Cooperativa, os crisântemos, bolas belgas e em vasos de barro, são mais expressivos em relação às vendas. Mas além dos produtos clássicos associados à data, outras variedades de vaso ganham espaço, dentre elas estão os Antúrios, os Lírios da Paz e os Kalanchoes. Além dessas espécies, as flores de corte, como os Lírios, Alstroemérias e Rosas ou plantas verdes, como suculentas, têm preferência ao consumidor. 

Após a pandemia, muitas pessoas deixaram de ir aos cemitérios e adquiriram o hábito de homenagear os parentes e amigos falecidos em suas próprias casas, por meio de vasos ou buquês de flores colocados juntos ao porta-retratos em estantes, explica a cooperativa.

Perspectiva fora da realidade de São Paulo

A floricultura Cio da Terra, localizada em Ilhéus (BA), conta que a venda de flores ao longo do ano é imprevisível e que as duas melhores datas de venda são a do Dia das Mães e dos Namorados. “O Dia de Finados em nossa floricultura não influencia muito, pois não colocamos flores na rua ou em frente aos cemitério da cidade como outras floriculturas”, afirma. 

Além desta, a floricultura Magnólia, Itabuna (BA), conta que a venda no decorrer do ano é boa, mas que em épocas comemorativas percebe um aumento considerável. Apesar disso, eles afirmas que “o Dia de Finados é época mais fraca se comparar com as outras datas comemorativas”. Dessa forma, a data não cria expectativas além do comum nas duas floriculturas localizadas na região Sul da Bahia. 

Razão por trás da compra

Para muitas pessoas, comprar flores durante esse feriado é uma forma de presentear e demonstrar amor aos entes queridos que partiram. “É uma maneira de mostrar que nos lembramos deles, que sentimos falta da presença deles, além de mostrar que mesmo que eles tenham partido a bastante tempo ainda os amamos”, explica a universitária Geysa Sâmmina.

Desde pequena ela, com sua família, tem o costume de comprar flores no Dia de Finados e colocá-las nos túmulos dos falecidos.  “Nesse dia, na minha cidade, a rua de entrada do cemitério é fechada, são montadas várias barracas com flores de todos os tamanhos, cores e formatos, além das coroas de flores que as pessoas montam para vender”, conta Geysa, que além de fazer isso todos os anos, também ajuda a lavar os túmulos de finados mais próximos.

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