Isolamento social e lockdown prejudicam economia brasileira

In Economia, Geral

Como forma de controlar a pandemia de Covid-19, a quantidade de eventos culturais é reduzida e economia brasileira enfraquece

Helena Cardoso

Isolamento social e lockdown foram medidas tomadas a fim de diminuir a propagação do vírus Covid-19 que chegou ao Brasil em 2020. O produtor técnico Vagner Leal contou que mais de 30 shows foram cancelados só em março e abril do ano passado, e que isso afetou a economia brasileira. Segundo dados do IBGE de 2018, o meio artístico conta com 5,2 milhões de trabalhadores. Já em 2015, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN) indicou que o setor foi responsável por 2,64% do PIB nacional.

Como forma de driblar a queda da economia causada pela diminuição de eventos artísticos e culturais, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sancionou a lei Aldir Blanc em junho de 2020. Por meio dessa lei, artistas receberam dos governos estaduais três parcelas de R$600,00. Através das redes sociais, Bolsonaro ainda afirmou que cerca de 700 mil trabalhadores foram beneficiados. O secretário da Cultura, Mário Frias, informou no site do Governo que foram implementadas medidas que auxiliariam os trabalhadores: “O Governo Federal implementou  uma medida para ajudar o setor, repassando R$ 3 bilhões aos estados e municípios para que esses socorressem os trabalhadores da cultura”, declara. 

Sobre a lei Aldir Blanc, Vagner Leal afirma que o Governo não coube atender todos os profissionais da área cultural. “O setor de eventos e o setor do entretenimento está sendo colocado de lado do início até hoje”, relata. Já Gabi Shima, cantora e compositora rondoniense, contou que no início da pandemia ficou quatro meses sem trabalhar nessa área. Ela explica que para ajudar os músicos da cidade, a prefeitura organizou lives culturais, nas quais os ouvintes depositavam dinheiro pelo QR Code.  Quando questionada sobre a maior diferença entre as apresentações online e presenciais, a cantora esclarece: “não é a mesma coisa que ter o calor das pessoas ali e ver alguém cantando junto com você.”

Segundo a diretora de arte Poliana Feulo, após quatro meses em que nada acontecia, as coisas voltaram a funcionar gradualmente. Ela explicou como os clipes e comerciais estão sendo produzidos ainda em momento de pandemia: “voltamos aos poucos, seguindo os protocolos que foram criados e estudados pelo sindicato do audiovisual aqui em São Paulo.” Os protocolos a que ela se refere são testes de Covid frequentes, redução do número de dias trabalhados e menos pessoas trabalhando na produção. “A gente se viu em uma situação de adaptar várias coisas, mas também estamos revendo coisas que não eram importantes e que está tudo bem viver sem.”

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